Passiflora incarnata Planta

A Passiflora incarnata não produz frutos comestíveis, sendo produzida para uso pelas indústrias de fitoterápicos.
A Passiflora incarnata não produz frutos comestíveis, sendo produzida para uso pelas indústrias de fitoterápicos. A Passiflora edulis é a espécie de maracujá mais comumente cultivada, sendo consumida principalmente pela qualidade dos seus frutos.

A Passiflora incarnata, também conhecida como maracujá silvestre, maracujá do mato ou flor da paixão, é uma planta notável tanto por suas propriedades medicinais quanto por sua beleza. Esta espécie se destaca não apenas pelos seus frutos, mas também pelas suas flores exóticas e perfumadas, que atraem tanto a atenção humana quanto a de polinizadores. A Passiflora incarnata (Maracujá) é amplamente utilizada na medicina tradicional e contemporânea, principalmente por suas propriedades calmantes e sedativas, ajudando no tratamento de ansiedade, insônia e diversos transtornos do sono.

Classificação e Taxonomia Científica da Planta Passiflora Incarnata

  • Nome científico: Passiflora incarnata
  • Família: Passifloraceae
  • Gênero: Passiflora
  • Espécie: P. incarnata
  • Divisão: Magnoliophyta (Angiospermas)
  • Classe: Magnoliopsida (Dicotiledôneas)
  • Ordem: Malpighiales

A família Passifloraceae inclui a Passiflora incarnata, que é conhecida por suas flores complexas e impressionantes. Muitas espécies da planta produzem frutos que são tanto ornamentais quanto saborosos. Esta planta é classificada dentro das Angiospermas, que são plantas com flores e sementes encerradas dentro de um ovário, e das Dicotiledôneas, caracterizadas por terem duas folhas cotiledonares na germinação.

Origem e Localidades Geográfica da Passiflora Incarnata

A Passiflora incarnata, conhecida por sua beleza exótica e propriedades calmantes, é nativa do sudeste dos Estados Unidos, se estendendo desde a Virgínia até a Flórida e alcançando o oeste até o Texas e o Kansas. Essa planta encontrou no clima temperado dessas regiões as condições ideais para seu desenvolvimento, florescendo em áreas abertas e campos, bem como em bordas de florestas, onde pode receber abundante luz solar.

A Passiflora incarnata tem uma longa história de uso médico, remontando aos povos indígenas americanos que a usavam para tratar uma variedade de doenças, como inflamações e feridas, bem como como um sedativo para problemas de sono. A planta foi adotada por colonizadores europeus no século XVII, que rapidamente reconheceram as suas propriedades sedativas e a incorporaram em seus tratamentos médicos.

Com o passar dos séculos, a Passiflora incarnata cruzou fronteiras, sendo introduzida em outras partes do mundo, tanto para uso ornamental quanto medicinal. Atualmente, é cultivada globalmente em regiões de clima temperado a subtropical, encontrada em jardins e utilizada em preparações fitoterápicas em muitos países. A sua adaptação a diversos ambientes permitiu que se espalhasse além de sua área de origem, se tornando parte da flora local em muitas áreas, principalmente na Europa e na Ásia.

A distribuição global da Passiflora incarnata reflete não apenas a adaptabilidade e beleza da planta, mas também o reconhecimento mundial de suas valiosas propriedades medicinais. Apesar de sua origem norte-americana, a planta conquistou um lugar em tradições medicinais e jardins ao redor do mundo, simbolizando paz e tranquilidade onde quer que cresça.

Etimologia e Nomenclatura da Passiflora Incarnata Planta

A etimologia do nome “Passiflora incarnata” é profundamente simbólica e reflete a fascinação e o significado cultural que esta planta tem carregado ao longo dos séculos. “Passiflora” é uma combinação de duas palavras latinas: “passio”, que significa “paixão”, e “flora”, que significa “flor”. Este nome foi dado por missionários jesuítas no século XVI, que viram na flor uma representação dos instrumentos da Paixão de Cristo, com as suas partes representando a coroa de espinhos, as chagas, os pregos e a cruz. O termo “incarnata”, também do latim, significa “encarnada” ou “em carne”, se referindo à cor vívida e carnal das flores de algumas variedades desta espécie.

Descrição Botânica da Passiflora Incarnata Planta

A Passiflora incarnata é uma trepadeira perene que pode alcançar de 6 até 10 metros de comprimento em condições ideais.
A Passiflora incarnata é uma trepadeira perene que pode alcançar de 6 até 10 metros de comprimento em condições ideais. O seu crescimento vigoroso é suportado por gavinhas que se enrolam em estruturas próximas, permitindo que a planta suba e se espalhe.

As folhas são alternadas, profundamente lobadas com três lóbulos e com margens serrilhadas. A cor verde intensa e a textura lisa das folhas contrastam com a delicadeza das flores.

As flores da planta são as mais notáveis, com diâmetro de 5 a 8 cm e várias camadas de pétalas brancas a rosadas, uma coroa de filamentos brilhantes do branco ao roxo e três estigmas no centro. No verão e no início do outono, eles florecem.

Após a polinização, a planta produz frutos ovais a esféricos, inicialmente verdes, amadurecendo para um amarelo pálido ou às vezes roxo, contendo várias sementes rodeadas por um arilo suculento e comestível.

Nativa de regiões temperadas a subtropicais, a Passiflora incarnata prefere sol pleno a sombra parcial e solos bem drenados. É resistente a muitas condições de cultivo, mas prospera em áreas que oferecem suporte para trepar, como cercas e treliças.

Outras Plantas que Podem ser Confundidas

Plantas com características semelhantes podem ser confundidas com a Passiflora Incarnata, algumas com mais semelhanças que outras. No entanto, a correta identificação é fundamental para evitar transtornos e obter os benefícios medicinais da planta.

Passiflora edulis: Compartilha a estrutura de trepadeira e folhas lobadas como a Passiflora incarnata, mas se diferencia principalmente pelos frutos. O maracujá produzido pela Passiflora edulis é maior, de cor roxa escura a amarela quando maduro, e é comercialmente cultivado por seu sabor. É ideal para fazer sucos e outras receitas e também apresenta propriedades calmantes, como as demais plantas da família das Passifloras.

Passiflora alata: Também conhecida como maracujá doce, tem as flores grandes e vistosas com as pétalas vermelhas e um aroma distinto, contrastando com as flores mais pálidas e menos perfumadas da Passiflora incarnata.

Passiflora caerulea: Outra espécie ornamental, possui as flores cujos tons variam de azuis a brancos com um centro branco azulado, se diferenciando das flores predominantemente brancas ou rosadas da Passiflora incarnata. Embora ambas possam ter frutos, os da Passiflora caerulea são menos palatáveis.

Cada uma dessas espécies de Passiflora compartilha certas características botânicas com a Passiflora incarnata, como a estrutura de trepadeira e a presença de gavinhas, mas podem ser diferenciadas por detalhes específicos em suas flores, frutos e preferências de cultivo, permitindo a identificação correta e o aproveitamento de suas propriedades únicas.

Nomes Populares da Passiflora Incarnata Planta

A Passiflora incarnata é conhecida por uma variedade de nomes populares e sinônimos em diferentes regiões do Brasil e ao redor do mundo, refletindo a ampla gama de culturas que a apreciam e utilizam. A lista a seguir apresenta alguns desses nomes:

  • Flor da paixão;
  • Granadilla;
  • Maracujá de cobra;
  • Maracujá de cofrinho;
  • Maracujá de restinga;
  • Maracujá do mato;
  • Maracujá do sertão;
  • Maracujá vermelho;
  • Maracujá peroba;
  • Maracujá silvestre;
  • Passiflora;
  • Passion Flower, Purple Passionflower, Wild Passion Flower(Inglês);
  • Passiflore (Francês).

Esta lista evidencia a importância cultural da Passiflora incarnata em diferentes contextos, refletindo tanto seu valor ornamental quanto as suas propriedades medicinais reconhecidas globalmente.

Propriedades e Usos Medicinais da Passiflora Incarnata Planta

A Passiflora incarnata, com sua rica história de uso medicinal por várias culturas, é amplamente reconhecida por suas propriedades calmantes e sedativas. A planta contém uma complexa composição química que contribui para o seu potencial farmacológico, incluindo alcalóides, flavonoides, saponinas, glicosídeos, fenóis, e esteróides, que atuam sinergicamente para oferecer benefícios terapêuticos.

Os flavonoides, como a vitexina e a isovitexina, são considerados os principais componentes ativos, responsáveis ​​pelas propriedades ansiolíticas (redução da ansiedade) e sedativas da planta. Além disso, a presença de alcalóides contribui para os efeitos antidepressivos e sedativos. Esses compostos interagem com o sistema nervoso central, promovendo a redução da atividade neural e facilitando o sono.

Usos Tradicionais e Evidências Científicas Atuais

Tradicionalmente, a Passiflora incarnata tem sido utilizada para tratar uma variedade de condições, incluindo a insônia, a ansiedade, a epilepsia, e a hiperatividade. Também foi usada como antiespasmódico para aliviar as dores musculares e cãibras. Esses usos tradicionais, transmitidos através de gerações, encontraram respaldo em pesquisas científicas modernas.

Estudos clínicos recentes confirmam o potencial da Passiflora incarnata como um tratamento eficaz para a ansiedade e a insônia. Estudos randomizados mostraram que o extrato de Passiflora incarnata pode ser tão eficaz quanto medicamentos farmacêuticos para o tratamento de transtornos de ansiedade, com menos efeitos colaterais. Outras pesquisas sugerem que a combinação da Passiflora incarnata com outras ervas, como a Valeriana, pode melhorar a qualidade do sono em indivíduos com insônia.

A segurança do uso da Passiflora incarnata também foi um foco de estudo, com a maioria das pesquisas sugerindo que o consumo em doses terapêuticas é geralmente seguro para a maioria das pessoas. No entanto, se recomenda precaução e consulta médica, especialmente para as mulheres grávidas, as lactantes, e os indivíduos que tomam medicamentos prescritos, devido ao potencial de interações medicamentosas.

Em resumo, a Passiflora incarnata oferece um promissor potencial terapêutico, apoiado tanto pela tradição quanto pela ciência moderna. O seu uso como um agente calmante e sedativo, com base em sua composição química complexa, continua a ser uma área de interesse para pesquisadores e profissionais de saúde.

Principais benefícios conhecidos da Passiflora Incarnata Planta

A Passiflora incarnata, também conhecida como flor da paixão, é uma planta que transcende a beleza de suas flores, oferecendo um leque de possibilidades terapêuticas. Esta planta tem sido explorada por séculos devido às suas propriedades medicinais, com aplicações que vão desde o tratamento de distúrbios do sono até a redução da ansiedade. A riqueza de seus componentes bioativos permite que ela atue de maneira multifacetada no organismo, promovendo saúde e bem estar.

Alguns dos benefícios mais conhecidos da Passiflora incarnata, refletindo seu potencial como uma poderosa aliada na medicina natural, são:

  • Aliviar os sintomas de ansiedade;
  • Auxiliar no tratamento de insônia;
  • Reduzir o número de convulsões e ataques epilépticos;
  • Diminuir os sintomas de menopausa, como as ondas de calor e a sudorese noturna;
  • Melhorar a qualidade do sono;
  • Reduzir a intensidade de dores de cabeça e enxaquecas;
  • Aliviar as dores musculares e as cãibras;
  • Promover o relaxamento muscular;
  • Diminuir a pressão arterial de indivíduos que sofrem de hipertensão leve;
  • Atuar como um coadjuvante no tratamento de transtornos de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH);
  • Ajudar na redução de sintomas de abstinência de substâncias, como o tabaco;
  • Contribuir para a redução da agitação em idosos com demência;
  • Aliviar as dores gastrointestinais leves, agindo como antiespasmódico;
  • Melhorar o humor e combater a depressão leve;
  • Ajudar a controlar a frequência cardíaca em casos de ansiedade;
  • Reduzir a inflamação e atuar como antioxidante;
  • Promover uma sensação de bem estar geral.

É importante que o uso de Passiflora incarnata seja feito sob orientação de um profissional de saúde, especialmente em casos de gestação, lactação ou em combinação com outros medicamentos, para garantir a segurança e eficácia de seu uso.

Métodos de Preparo e Recomendações de Dosagem da Passiflora Incarnata Planta

A Passiflora incarnata pode ser preparada e utilizada de várias formas.
A Passiflora incarnata pode ser preparada e utilizada de várias formas, cada uma adequada a diferentes necessidades e condições.

Chá de Passiflora: Para preparar o chá, adicione de 1 a 2 colheres de chá de folhas secas de Passiflora incarnata em uma xícara de água fervente. Cubra e deixe por dez a quinze minutos em infusão. Coe antes de beber.

Tintura: Pode ser adquirida em farmácias de homeopatia e manipulação ou até em lojas de produtos naturais. Escolha com cuidado o fornecedor e observe as instruções e dosagem de acordo com o fabricante.

Extrato: O extrato de Passiflora incarnata está disponível comercialmente e deve ser utilizado conforme as instruções do fabricante, geralmente algumas gotas podem ser adicionadas à água.

Recomendações de Dosagem

Chá: Consumir 1 a 2 xícaras de chá de Passiflora ao dia, especialmente antes de dormir para ajudar no tratamento da insônia.

Tintura: A dose recomendada é de 0,5 a 2 ml, três vezes ao dia. É fundamental iniciar com a dose mais baixa e ir ajustando aos poucos conforme necessário.

Extrato: Seguir as instruções do fabricante, pois a concentração pode variar.

Cuidados e Contra Indicações da Passiflora Incarnata Planta

Enquanto a Passiflora incarnata é geralmente considerada segura para a maioria das pessoas, existem algumas precauções e contra indicações a serem observadas.

Efeitos Colaterais e Interações Medicamentosas

Efeitos colaterais podem incluir sonolência, tontura e confusão mental. Por isso, não é recomendado utilizar a planta antes de dirigir ou operar máquinas pesadas. A Passiflora pode interagir com medicamentos sedativos, incluindo benzodiazepínicos e alguns tipos de antidepressivos, potencializando seus efeitos. Deve-se ter cautela ao usar a planta junto com outros suplementos ou ervas com propriedades sedativas.

Orientações Específicas para Grupos Vulneráveis

Gravidez e Lactação: Devido à falta de estudos conclusivos sobre a sua segurança durante a gravidez e a lactação, o uso da Passiflora incarnata não é recomendado nestas condições.
Crianças: A segurança e eficácia da Passiflora em crianças não foram estabelecidas, portanto, seu uso deve ser evitado ou feito somente sob supervisão médica.

Consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento com ervas é sempre a melhor prática.

Pesquisa e Curiosidades Históricas sobre a Passiflora Incarnata Planta

A Passiflora incarnata, com suas flores intrincadamente belas e as propriedades medicinais notáveis, carrega consigo histórias, mitos e fatos históricos que atravessam culturas e continentes.

A Passiflora foi introduzida na Europa no século XVII, onde imediatamente capturou a imaginação de botânicos e de religiosos. A complexidade de sua flor levou os missionários cristãos a usá-la como um símbolo da Paixão de Cristo, daí o nome “flor da paixão”. Eles interpretaram os elementos da flor como representações dos instrumentos da Paixão de Cristo, os filamentos da coroa representavam a coroa de espinhos, os estigmas, aos três pregos na cruz e os cinco estames, as cinco feridas de Cristo.

Antes da chegada dos europeus, diversas tribos de nativos americanos já utilizavam a Passiflora incarnata para uma variedade de propósitos medicinais, incluindo como sedativo, analgésico e para tratar condições como as feridas, as inflamações e as dores de ouvido. Eles também reconheciam seu potencial para ajudar no sono e usavam a planta em rituais para trazer sonhos pacíficos.

Na América do Sul, existem várias lendas que explicam a origem da planta. Uma lenda popular conta que a flor surgiu do sangue de guerreiros mortos em batalha, representando a paixão e o sacrifício. Isso ecoa a simbologia adotada pelos europeus, mas com raízes profundas nas tradições indígenas locais.

Em muitas culturas, a Passiflora simboliza a paz e a tranquilidade, um reflexo de suas propriedades sedativas. Em algumas tradições, se acredita que manter uma flor da paixão em casa ajuda a trazer serenidade e compreensão entre os moradores.

Existem mais de 400 espécies catalogadas de Passiflora, cada uma com características únicas, sendo o Brasil um dos principais centros de diversidade genética, com mais de 120 espécies. A Passiflora incarnata é apenas uma delas, mas é a mais conhecida por suas propriedades medicinais.

A Passiflora incarnata, portanto, não é apenas uma planta com notáveis benefícios medicinais. Seu legado histórico e as inúmeras histórias que a cercam continuam a fascinar e inspirar, tornando-a uma das plantas mais emblemáticas do mundo.

Receitas e Aplicações Culinárias

A Passiflora incarnata, comumente confundida com o maracujá, não produz frutos comestíveis. Ela é usada para chás e banhos, feitos com suas folhas.

Chá de Passiflora Incarnata

Ingredientes:

  • 1 colher de chá de folhas secas de Passiflora incarnata;
  • 250 ml de água fervente.

Modo de Preparo:

Coloque as folhas limpas e secas da planta em uma xícara. Despeje a água fervente sobre as folhas. Cubra e deixe por dez a quinze minutos em infusão. Coe e beba imediatamente, com cuidado com a temperatura do chá.

Uso Recomendado:

Para ajudar a aliviar a ansiedade ou promover um sono tranquilo, beba uma xícara de chá de Passiflora incarnata 30 minutos antes de deitar.

Infusão de Passiflora Incarnata para Banho

Ingredientes:

  • 50 gramas de folhas secas de Passiflora incarnata;
  • 1 litro de água.

Modo de Preparo:

Ferva a água e adicione as folhas secas de Passiflora incarnata. Mantenha em fervura baixa por 5 minutos. Retire do fogo e deixe repousar por 15 minutos. Coe a infusão e adicione-a à água do banho, observando a temperatura da água para evitar queimaduras.

Uso Recomendado:

Um banho com infusão de Passiflora incarnata antes de dormir pode ajudar a relaxar o corpo e a mente, promovendo um sono mais tranquilo. A prática pode trazer bons resultados também para crianças. Atenção à temperatura da água, especialmente em caso de banho para crianças.

Dicas de Armazenamento

Coloque as folhas secas em um recipiente hermético, de preferência de vidro escuro ou um saco de papel, para proteger das luzes e manter a potência. Guarde em um local fresco, seco e longe da luz direta do sol. Não esqueça de etiquetar o recipiente com a data de armazenamento.
As folhas secas, quando armazenadas corretamente, podem manter suas propriedades por até um ano. Antes de usar verifique a integridade da planta e a presença de mofo. Se estiver mofada, descarte.

Usos Alternativos e Aplicações Ornamentais da Passiflora Incarnata Planta

A Passiflora incarnata, conhecida por sua beleza estonteante e as propriedades calmantes, tem muito a oferecer além de seu uso medicinal e culinário. Esta planta versátil também encontra seu lugar no paisagismo e nos jardins, trazendo não apenas estética, mas também benefícios ambientais significativos.

A Passiflora incarnata é uma escolha excelente para cobrir cercas, treliças e arcos, criando um visual deslumbrante com suas flores exóticas e folhagem densa. A sua capacidade de crescer rapidamente e cobrir grandes áreas pode ser utilizada para criar áreas de sombra ou privacidade natural em jardins.

Para aqueles que possuem espaços menores ou desejam cultivar a Passiflora dentro de casa, ela se adapta bem ao cultivo em vasos, desde que receba luz solar suficiente e seja podada regularmente para controlar seu crescimento.

A Passiflora incarnata atrai uma variedade de polinizadores, incluindo abelhas, borboletas e especialmente beija-flores, devido ao seu néctar rico e flores vibrantes. Plantá-la em jardins contribui para a saúde e diversidade dos polinizadores locais. Ao atrair polinizadores, a Passiflora contribui significativamente para a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas locais. A presença de polinizadores é vital para a reprodução de muitas plantas e para a produção de frutos e sementes.

Além disso, a Passiflora incarnata serve como uma planta hospedeira para algumas espécies de borboletas, fornecendo um local para elas depositarem seus ovos e alimentarem suas larvas. Isso cria um ciclo de vida sustentável dentro do jardim.

A presença de Passiflora pode ajudar no controle natural de pragas, atraindo os predadores naturais de insetos prejudiciais ao jardim. Isso reduz a necessidade de pesticidas, contribuindo para um ambiente mais saudável e sustentável.

Incorporar a Passiflora incarnata em projetos de paisagismo e jardinagem não apenas enriquece a estética do espaço com suas flores únicas e folhagem exuberante, mas também nos dá um ambiente mais rico e diversificado em termos ecológicos. O seu cultivo é uma forma excelente de contribuir para a sustentabilidade ambiental, a biodiversidade e a beleza natural dos espaços verdes.

Dúvidas Frequentes sobre a Passiflora Incarnata Planta

1 – A Passiflora Incarnata é a mesma coisa que maracujá?

A Passiflora Incarnata é uma das muitas espécies de maracujá, conhecida principalmente por suas propriedades calmantes e medicinais, no entanto, seus frutos não são comestíveis. O maracujá vendido e utilizado para fazer sucos e receitas é da espécie Passiflora Edulis.

2 – Quais são os principais benefícios da Passiflora Incarnata?

Ela é amplamente utilizada por suas propriedades sedativas e ansiolíticas, ajudando no tratamento de ansiedade, insônia e até mesmo em alguns casos de hipertensão.

3 – Como posso cultivar a Passiflora Incarnata em casa?

A planta requer sol e solo bem drenado. É resistente e se adapta a vários tipos de solo, mas prospera em solos levemente ácidos. Regue com frequência, mas não a ponto do solo ficar encharcado.

4 – A Passiflora Incarnata é uma planta resistente a pragas?

Embora seja relativamente resistente, ela pode ser suscetível a algumas pragas como os ácaros e os pulgões. Inspeções regulares e tratamentos naturais podem ajudar a mantê-los sob controle.

5 – Como devo armazenar a Passiflora Incarnata?

As folhas secas para chá devem ser armazenadas em um recipiente hermético e mantidas em local seco e fresco, e longe da luz solar. Antes de utilizar, verifique a conservação das folhas, que podem ser armazenadas por até um ano.

6 – Qual a diferença entre a Passiflora incarnata e a Passiflora Edulis?

A principal diferença entre Passiflora incarnata e Passiflora edulis reside em suas características botânicas, usos e propriedades. A Passiflora incarnata é amplamente valorizada por suas propriedades medicinais, especialmente por seu efeito calmante e sedativo. Já a Passiflora Edulis é conhecida simplesmente como maracujá e cultivada por seus frutos comestíveis. O maracujá é popular em todo o mundo por seu sabor distinto, utilizado em sucos, sobremesas e uma variedade de pratos. Embora também possua algumas propriedades calmantes, devido à presença de certos fitoquímicos, é mais valorizado por seu valor nutricional e uso culinário.

7 – Quanto tempo leva para a Passiflora Incarnata florescer?

Dependendo das condições de cultivo, a planta pode começar a florescer já no primeiro ano, mas algumas plantas podem demorar até o segundo ano para produzir flores.

8 – A Passiflora Incarnata tem efeitos colaterais?

Embora seja considerada segura para a maioria das pessoas, pode interagir com certos medicamentos e causar sonolência. É recomendável consultar um profissional de saúde antes de iniciar o uso.

9 – Posso fazer chá com as folhas frescas da Passiflora Incarnata?

Sim, tanto as folhas frescas quanto as secas podem ser usadas para fazer chá. As folhas frescas devem ser lavadas antes do uso.

10 – Qual é a melhor época para podar a Passiflora Incarnata?

A poda pode ser feita no final do inverno ou início da primavera para estimular o crescimento e a formação de flores.

Referências

Ben-Erik Van Wyk, Michael Wink (2017). Medicinal Plants of the World: An Illustrated Scientific Guide to Important Medicinal Plants and Their Uses (inglês). Editora CABI;

Simon Mills, Kerry Bone (2005). The Essential Guide to Herbal Safety (inglês). Editora Elsevier Churchill Livingstone;

Amritpal Singh Saroya, Jaswinder Singh (2018). Pharmacotherapeutic Potential of Natural Products in Neurological Disorders (inglês). Editora Springer Nature Singapore.

Michael Ash (2004). Handbook of Preservatives (inglês), Editora Synapse Information Resources.